15 de nov. de 2012

A Importância da Obediência


 “MIQUÉIAS – A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA”

TEXTO ÁUREO – I Sm 15.22

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mq 1.1-5; 6.6-8


I – INTRODUÇÃO:
Contemporâneo de Isaías, Miquéias é um homem do campo, conhece as agruras do trabalho na terra e as injustas relações de dominação que os donos impõem aos empregados. Por isso, investe contra “os que comeram a carne do meu povo, arrancaram-lhe a pele e quebraram-lhe os ossos”. Ameaça os usurários, que roubam os campos, tomam as casas, oprimem “o homem e sua herança”.
O livro apresenta, em duas sequencias, as profecias de castigos e as promessas de salvação, e conclui por um apelo ao perdão divino, ao Deus que “tira a culpa e perdoa o crime, que calcará aos pés as nossas faltas e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados”
.
II – UM PEQUENO ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUÉIAS:

Capítulo 1:
A ira de Deus contra Israel – Mq 1.1-7.
A ira de Deus contra Jerusalém e outras cidades – suas vãs preocupações – Mq 1.8-16

Capítulo 2:
Os pecados e as desolações de Israel – Mq 2.1-5.
Os maus costumes de Israel – Mq 2.6-11.
Uma promessa de restauração – Mq 2.12-13.

Capítulo 3:
A crueldade dos príncipes e a falsidade dos profetas – Mq 3.1-8.
A falsa segurança dos príncipes e profetas – Mq 3.9-12.

Capítulo 4:
A paz do reino de Cristo – Mq 4.1-8.
Os juízos virão a Jerusalém. Contudo, o triunfo final pertence a Israel – Mq 4.9-13.

Capítulo 5:
O nascimento de Jesus e a conversão dos gentios – Mq 5.1-6.
Os triunfos de Israel – Mq 5.7-15.

Capítulo 6:
A controvérsia de Deus contra Israel – Mq 6.1-5.
Os deveres requeridos por Deus – Mq 6.6-8.
A iniquidade de Israel – Mq 6.9-16

Capítulo 7:
O domínio generalizado da maldade – Mq 7.1-7.
O confiança em Deus e o triunfo sobre os inimigos – Mq 7.8-13.

Promessas e exortações para Israel – Mq 7.14-20.

III – POR QUE LER ESSE LIVRO?:
Se já nos perguntamos como é possível a fé se encaixar numa sociedade cada vez mais corrupta e violenta, conseguiremos identificar-nos com a mensagem desse livro.
Se Deus parece distante e sem envolvimento conosco, Miquéias nos faz lembrar que Ele ainda se importa com os que optam por permanecer fiéis a Ele e lhes oferece esperança.
Ler esse livro faz-nos lembrar que Deus continua ativo neste mundo e não permitirá que o pecado prejudique os Seus propósitos.

IV - QUEM ESCREVEU O LIVRO E QUANDO FOI ESCRITO?:
O profeta Miquéias, cujo nome significa “Quem é semelhante ao Senhor?”, escreveu-o durante os reinados de Jotão (750-735 a.C.), de Acaz (735-715 a.C.) e de Ezequias (715-686 a.C.), reis de Judá.

V - O QUE ACONTECIA NA ÉPOCA?:
O contexto histórico encontra-se nos Livros de 2º Reis, do capítulo 15 ao 20 e de 2º Crônicas, do capítulo 26 ao 32.
O poderoso Império Assírio estava se expandindo para o oeste, exigindo ajuste e pagamento de tributos.
Quando Israel rebelou-se, os assírios destruíram sua capital, Samaria, e levaram muitos israelitas para o exílio.
Posteriormente, o rei Ezequias, de Judá, rebelou-se. Os assírios invadiram a Palestina em 701 a.C., devastaram Judá e levaram muitos para o cativeiro. Embora cercassem Jerusalém, Deus livrou a cidade em resposta à oração de Ezequias.
No tempo do profeta Miquéias, a situação religiosa era muito triste: os profetas e sacerdotes estavam corrompidos, eram néscios, egoístas, imorais, ambiciosos e a natureza de suas mensagens era determinada pela quantia que recebiam.
A adivinhação, bruxaria, superstição e idolatria prevaleciam e, aí, o profeta Miquéias denunciou o erro das cidades, dos líderes poderosos e do povo em geral.
O que é mais fácil: deixar a situação como está ou agir no sentido de transformá-la? Infelizmente, há muita gente por aí calada, de braços cruzados, sendo cúmplices de erros vergonhosos, assistindo ao declínio moral, social e espiritual do povo.

VI - PARA QUEM FOI ESCRITO E POR QUÊ?:
Miquéias escreveu para os habitantes de Judá, a fim de adverti-los de que o juízo divino era iminente por haverem rejeitado a Deus e à Sua lei.
Miquéias também animava a minoria piedosa, garantindo aos fiéis que o juízo não destruiria Israel de modo permanente. A nação acabaria sendo restaurada.

VII - O QUE SE DEVE BUSCAR EM MIQUÉIAS:
Prestemos bastante atenção à maneira de Miquéias fazer o seu retrato de Deus, de tal modo que existe um equilíbrio entre os atributos divinos de justiça e de misericórdia.
Lembremo-nos de que Miquéias emprega linguagem poética. As numerosas figuras de linguagem tornam mais vívida a mensagem e criam um impacto emocional.

VIII - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA “OBEDIÊNCIA”:
OBEDIÊNCIA= Submissão à autoridade, fazer o que é ordenado, cumprir o que se exige ou abster-se do que é proibido.
Nas Escrituras Hebraicas, a idéia de obediência é expressa por sha-má, que significa, basicamente, ‘’ouvir ou escutar’’. Assim, sha-má, às vezes refere-se ao simples ouvir, a ficar cônscio de algo por meio da audição.
Mas, quando aquilo que é falado expressa vontade, desejo, instrução, ou ordem, então o sentido do termo hebraico é acatar ou obedecer àquele que fala.
(1) - É exigida de todo coração - Dt 26.16; 32.46
(2) - É o preço da vitória - Js 1.8
(3) - É melhor que o sacrifício - I Sm 15.22; Jr 7.23
(4) - Garante a entrada no Reino de Deus - Mt 7.21; Lc 8.21
(5) - Inclui obedecer a voz de Deus - Ex 19.5; 23.5; Jr 7.23; II Cor 10.5
(6) - Inclui observar e obedecer à Lei de Deus - Dt 11.27; Is 42.24; Ec 12.13
(7) - Inclui obedecer ao Evangelho - Rm 1.5; 10.16-17
(8) - A obediência é ordenada - Dt 13.4
(9) - Sem fé, é impossível obedecer - Hb 11.6
(10) - Deve ser de todo coração - Dt 11.13; Rm 6.17
(11) - Deve ser voluntariamente - Sl 18.44; Rm 1.19
(12) - Deve ser sem desvios - Dt 28.14
(13) - Deve ser constante - Fp 2.12
(14) - Bênçãos prometidas àqueles que obedecem - Ex 19.5; Dt 4.30; 5.29; 7.12; 28.1; I Rs 3.14; Jó 36.11; Zc 3.7; Tg 1.25; I Jo 3.22; Apc 22.14

IX - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A “DESOBEDIÊNCIA”
(1) - Os desobedientes são penalizados (traz maldição) - Dt 11.28; 28.15; I Sm 12.15; I Rs 13.21; Jr 12.17; Ef 5.6; II Ts 1.8; Hb 2.2-3
(2) - Provoca a ira de Deus - Sl 78.10, 40; Is 3.8
(3) - Impede o favor divino - I Sm 13.14
(4) - Impede as bênçãos divinas que foram prometidas - Js 5.6; I Sm 2.30; Jr 18.10
(5) - A desobediência é uma característica dos ímpios - Ef 2.2; Tt 1.16; 3.3
(6) - A desobediência será castigada - Is 42.24-25

X - ALGUMAS LIÇÕES CONTIDAS NO LIVRO DE MIQUÉIAS:

(1) - UMA VOZ DE DENÚNCIA CONTRA A CORRUPÇÃO: - As cidades de Samaria e Jerusalém estavam corrompidas, assim como as autoridades civis e religiosas (Mq 3:1-3, 11; 5:12). Enfim, todo o povo estava corrompido (Mq 6:11, 13; 7:3, 5-6).
Essa lamentável situação está presente hoje, quando uma forte exploração da fé está sendo praticada por falsos e enganadores líderes religiosos.
A comercialização exagerada de produtos religiosos está crescendo.
A superstição está tomando conta e alguns só saem de casa após ouvir declarações do horóscopo.
Negócios ilícitos, práticas injustas, medidas falsas estão presentes atualmente.
A mentira vai tomando lugar e a própria família vai se desintegrando.
Tudo isso e muito mais, por causa da corrupção.

(2) - UMA VOZ DE ANÚNCIO DA VONTADE DE DEUS: - Diante dessa dramática situação, surge a voz do profeta de Deus para apresentar a genuína vontade do Senhor (Mq 6:8): Praticar a justiça; amar a misericórdia e andar humildemente com Deus.

(3) - UMA VOZ QUE PROCLAMA A PROMESSA DO PERDÃO: - Mq 7:18-20 – A promessa de perdão é uma certeza que traz esperança e alegria ao mais vil pecador. Porém, existem, pelo menos, duas condições para se obter o perdão divino:
(a) - ESPERAR ou OLHAR PARA O SENHOR (Mq 7:7);
(b) – CONFESSAR AS TRANSGRESSÕES (Mq 7:8-10).


XI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A situação de Israel era desesperadora. No entanto, Miquéias confiava no Senhor. O profeta se identificou com o seu povo, confessando o pecado que merecia o julgamento divino (Mq 7.9).
Com clarividência, olhou além da derrota certa do povo de Deus, e discerniu o dia distante, mas seguro, quando Sião, reedificada e ampliada, atrairá todas as nações do Oriente Médio (Mq 7.12). O Senhor será o seu pastor, e as nações respeitarão finalmente o povo de Israel (Mq 7.14).
Miquéias louvou o Senhor que perdoará o seu povo, “lançando todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7.19). Ele baseou esta confiança na aliança que Deus fez com os patriarcas, a quem revelou a sua “misericórdia”, ou amor leal. Cumprir-se-á a promessa do Senhor, e Israel, e as nações, saberão que Deus ama com amor eterno (Mq 7.20).


FONTES DE CONSULTA:
Revista Educação Cristã – Volume III – SOCEP – Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda
Bíblia de Estudo Vida
A Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
A Mensagem dos Profetas Menores – ABU – Dionísio Pape
Bíblia de Estudo Vida Nova
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

5 de jan. de 2012

A Prosperidade no Antigo Testamento


TEXTO ÁUREO - “Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em sua mão(Gn 39.3).
VERDADE PRÁTICA - A prosperidade no Antigo Testamento está diretamente relacionada à obediência à Palavra de Deus e à dedicação ao trabalho.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Deuteronômio 8.11-18.Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento
1. Ts?l?ach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é ts?l?ach, isto é,”ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade”. Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias “buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar”.
A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a “árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira sh?lâ).
2. Ch?yâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é ch?yâ. Literalmente a palavra significa “viver” ou “permanecer vivo”, entretanto, em certos contextos significa “viver prosperamente”: “Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis” (2 Rs 18.32).
Em 1 Samuel 10.24, a frase “Viva o rei!”, quer dizer “Viva prosperamente o rei!”; “Viva o rei em prosperidade”. Nesses dois contextos, ch?yâ se refere à “fartura de dias”, “longevidade”, “livrar-se da morte” e, consequentemente, “prosperidade”. O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por “sarar”, “recuperar a saúde”.
3. ??kal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é ??kal. Textualmente significa “ser sábio”, “agir sabiamente” e, por extensão, “ter sucesso”. Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias.
Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico n?b?l, ipsis litteris, “louco”, “imprudende”, “tolo”, demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38).
Nabal não agiu com ??kel, isto é, “sabedoria”, “prudência”; não procedeu com prudentemente, portanto, “não teve sucesso”, “não foi próspero”. Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: “E Davi se conduzia com prudência [??kal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele” (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). Nestes versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos ??kal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.
4. Sh?lâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras “tranquilidade” e “sossego”. O termo significa “estar descansado”, “estar próspero”, “prosperidade”. O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de “impertubabilidade” que pode levar ao orgulho.
No Salmo 30. 6 o poeta afirma: “Eu dizia na minha prosperidade [sh?lâ]: Não vacilarei jamais”. Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às “circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal” (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que “a prosperidade dos loucos os destruirá”.
O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: “Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo” (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranqüilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foi abatido.
A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: “Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio” (v.10). O patriarca Jó também alude ao “descanso” e “tranquilidade” advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: “Descansado [sh?lâ] estava eu, porém ele me quebrantou” (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17).
A prosperidade anunciada por meio do vocábulo sh?lâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, “despreocupação” (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.
5. D?sh?m: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa “engordar”, “ser gordo” e, consequentemente, “ser próspero”. Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo “gordura” nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: “A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [d?sh?m]; e a minha boca te louva com alegres lábios”.
O hebraísmo d?sh?m, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagagens como essas eram freqüentes np Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado sempre gordo refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo.
Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: “Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto” (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo “gordura da terra”, mas traduz por “exuberância da terra”. Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de d?sh?m, gordura, assim como o vocábulo ch?dal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4). José e Uzias: Paradigmas da prosperidade
A prosperidade no Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento a palavra hebraica para prosperidade é tsälëach. O vocábulo significa “ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade”. Já em o Novo Testamento, o vocábulo usado é euodóö, que significa “ir bem”, “prosperar”, “ter sucesso”. Na Almeida Atualizada, a palavra “prosperidade” aparece vinte e três vezes, enquanto na Corrigida onze (Sl 30.6; 35.27; 73.3; 122.7; Pv 1.32; Ec 7.14; Jr 22.21; At 19.25; 1 Co 16.2). Se acrescentarmos as palavras “próspero” e “próspera” teremos muitas outras ocorrências nas duas versões. Portanto, a Bíblia tem muito a ensinar a respeito da prosperidade.A prosperidade exemplificada na vida de José. No Antigo Testamento, o termo é usado para referir-se ao sucesso que Deus deu a José no Egito (Gn 39.2,3,33). Se tomarmos a vida de José como exemplo, poucos diriam que a trajetória do menino sonhador foi de sucesso: odiado pelos irmãos, vendido aos ismaelitas, escravo e encarcerado no Egito. Quem afirmaria que José foi um homem próspero? A Bíblia. No conceito da teologia da prosperidade e triunfalista, José somente foi bem-sucedido no final da carreira. Mas, anteriormente ele não era abençoado por Deus? Era. Mas apenas os que compreendem o que de fato é a verdadeira prosperidade são capazes de compreender o sucesso em meio ao ódio, castigos e prisões (Gn 45.5,7-9). O plano dos irmãos de José era matá-lo, porém Deus interveio conservando-lhe a vida (Gn 37.20-22). Os mercadores ismaelitas poderiam vendê-lo para qualquer outra tribo ou povo, mas por que o Egito? Porque Deus o estava conduzindo até a terra dos faraós. No Egito, poderia ser vendido a qualquer nobre, mas por que a Potifar? Porque era na casa de Potifar que ele enfrentaria a mais dura prova até ser levado ao governo do Egito. Deus estava em todas as circunstâncias guiando os passos de José (Sl 37.23). A prosperidade na vida de José não é medida pelo grau de privilégios que ele desfrutou até ser governador, mas em cumprir a vontade de Deus em todas circunstâncias e vicissitudes.A prosperidade exemplificada na vida de Uzias. A Escritura afirma que Uzias “buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar”(2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. Uzias fez o que era justo aos olhos do Senhor e, como recompensa, Deus lhe deu sucesso em tudo o que fazia. José era justo, mas a sua retidão não lhe trouxe prosperidade imediata. Uzias, no entanto, enquanto permaneceu fiel ao Senhor prosperou em tudo o que fez. Porém, a Escritura afirma que o coração de Uzias se exaltou e transgrediu este contra o Senhor, perdendo toda honra que o Eterno houvera concedido (2 Cr 26.16-23). Na vida de Uzias observamos a prosperidade condicionada à obediência, temor e reverência a Deus (2 Cr 26). O rei era próspero enquanto permanecia fiel ao Senhor. Na vida de José, observamos justamente o contrário. Ele permaneceu fiel por toda a vida, mas esta fidelidade não se traduziu em bênçãos e sucesso material imediatos. Uzias começou bem e terminou mal. José começou odiado e como escravo e terminou como governador do Egito. O equilíbrio entre os dois exemplos é a fidelidade a Deus. Seja fiel a Deus em todas as circunstâncias!A Prosperidade como Promessa de Deus
O tema da prosperidade abre diversas frentes de debate e reflexão. Pelo menos nos últimos vinte anos, tem sido a mola de propulsão de variadas denominações evangélicas, que usam e abusam deste conceito, que por sinal é bíblico. É evidente que, em se tratando de igrejas evangélicas, espera-se que a mensagem tenha embasamento bíblico. Diariamente vemos e ouvimos mensagens sobre o referido tema anunciadas em variados canais de televisão; usando alguns recortes bíblicos, principalmente do Antigo Testamento, diversos pregadores elencam uma série de promessas divinas sobre prosperidade. Contudo, precisamos nos lembrar de que a mensagem central do Antigo Testamento é “aliança”. O texto base que apresenta os termos desta “aliança” é o de Êxodo 24.7: E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos. No contexto anterior, temos a revelação de Deus a Moisés, sendo que no capítulo 23, há a descrição dos direitos e deveres estabelecidos nos termos da aliança entre o Deus das promessas e o povo, alvo das promessas.
O eixo central desta aliança é “fidelidade” de ambas as partes. Deus prometeu ser fiel no cumprimento de todas as promessas; e como resposta, o povo disse: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos. Entretanto, ao longo desta história da aliança, a Bíblia descreve que Israel não conseguiu cumprir os termos previamente estabelecidos. Vale dizer que o conceito de prosperidade conforme descrito no Antigo Testamento é bem diferente do que entendemos hoje. A prosperidade material no A.T é descrita como bênção de Deus para as tribos de Israel. para tanto, sempre houve exortação divina para que não houvesse ganância, usura e principalmente egoísmo.
Em Dt 15.7-9 temos: Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado.
Em nosso tempo, prosperidade material está incluída num contexto de individualidade e, sobretudo, equivale ao poder desenfreado do consumismo. Em nosso tempo, há ricos que desejam mais riqueza ainda; e há pobres cada vez mais pobres. Contudo, algo muito comum entre ricos e pobres, é que na maioria, ambos procuram e lotam as igrejas que prometem prosperidade, não em busca de Deus, mas em busca da prosperidade.
À semelhança do Antigo Testamento, a mensagem central do Novo Testamento também é “aliança”. Se no Antigo Testamento, Moisés é o portador da Boa Nova, que prenunciava uma terra boa e farta; no Novo Testamento, Jesus é o portador também da Boa Nova, que prenunciou um novo tempo, e nova forma de relacionamento com Deus. Mantém-se o conceito de “aliança”, contudo, numa perspectiva completamente diferente. Esta nova aliança é firmada em Cristo, e significa mudança de vida, novo nascimento, santidade, vida eterna e, sobretudo, a caminhada em busca da pátria celestial.
Desta forma, a promessa de prosperidade material no Antigo Testamento é transformada em prosperidade espiritual no Novo Testamento. Foi o próprio Jesus quem nos ensinou: Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo, Jo 6:27. Disse também: Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, Lc 12:33.
Portanto, a última Boa Nova nos foi trazida por Cristo e é sobre ela que firmamos nossos passos. A marca fundamental na vida dos verdadeiros convertidos é a de que estes buscam primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, pois, confiam de todo coração que as “demais coisas” serão acrescentadas pelo próprio Deus, que cumpre a todas as suas promessas. Nesse sentido, a prosperidade material na vida do crente verdadeiramente convertido, acontece como bênção decorrente dos propósitos de Deus; ou seja, nem todo crente terá prosperidade material, mas, certamente todos terão o suficiente para viverem com dignidade, pois esta é a promessa de Deus para todos os seus escolhidos.
Desta forma, a prosperidade material no Novo Testamento não é o alvo central; mas ela ocorre, e quando assim se dá, não ofusca o centro da fé cristã, que é a vida eterna. Então, prosperidade material é dom de Deus, e vem de seu propósito soberano de escolher a quem Ele decide distribuir os talentos. E não cabe a nós questionar o porquê recebemos cinco, ou dois ou um talento. Antes, nós adoramos a Deus pela salvação conquistada gratuitamente em Cristo, e não pela prosperidade material; esta é a mensagem que encontramos já no Antigo Testamento, nas palavras do profeta Habacuque 3.17-18: Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. Assim, nos alegramos no Deus da nossa salvação. De posse dessa certeza, nós devemos honrar a Deus com tudo o que somos e com tudo o que temos, pois, tudo vem de Deus; Dele vem a nossa santidade e Dele vem o nosso suprimento necessário.A enfermidade e a cura na perspectiva de Deus — João 11.3
Nós somos um ser integral - Lc 2:52 = somático, social, intelectual e espiritual. Martin Luther King diz que a religião trata com o céu e com a terra. Trata com o corpo e com a alma. O pecado não só separou o homem de Deus, mas também separou o homem de si mesmo. O homem é um ser em conflito, um ser doente, vivendo numa natureza que também está doente e gemendo. O nosso corpo é importante para Deus - O Pietismo do século XVII ensinou que Deus está interessado na salvação da alma e não no bem estar do corpo. Essa visão falsa é fruto do gnosticismo grego que pregava que a matéria é essencialmente má e o espírito essencialmente bom. O corpo é dentro dessa visão apenas o claustro da alma. Mas, a Palavra de Deus dá um grande valor ao corpo: 1) O corpo é santuário de Deus (1 Co 6:19,20); 2) O corpo é instrumento de adoração (Rm 12:1); 3) Devemos glorificar a Deus no e através do corpo; 4) O corpo será glorificado (Rm 8:11).
A prevalência universal da enfermidade - A doença está em toda parte: países ricos e pobres, frios e quentes. Velhos e jovens adoecem e morrem em todo o mundo. A graça de Deus não mantém os crentes fora do alcance da doença. Reis e súditos, ricos e pobres, doutores e analfabetos, médicos e pacientes caem igualmente diante desse grande inimigo. Não há portas ou trancas que possam manter a doença e a morte do lado de fora. A ciência médica pode prolongar a vida, mas não eliminar a doença e matar a morte.UMA VISÃO HISTÓRICA DA ENFERMIDADE E DA CURA
A Bíblia como um manual de medicina preventiva - As leis cerimoniais suplantavam em termos profiláticos a medicina mais avançada da época (Ex 15:26). A circuncisão - é um dos meios mais importantes para se evitar o câncer de colo de útero. O isolamento do leproso - foi um tremendo avanço para tratar a questão da lepra, a mais temida enfermidade dos séculos antigos. Nem mesmo a peste negra no século XIII e XIV que matou 1/3 da Europa ou o aparecimento da Sífilis nos fins do século XV produziu tal pavor. A lepra foi um terror nos séculos VI e VII e atingiu seu pico aterrador nos séculos XIII e XIV. A lepra foi vencida quando os médicos voltaram-se para o princípio de Levítico 13:46. O livro de Levítico é um Manual de Medicina Preventiva, mais avançado que os mais modernos manuais de medicina da época de Moisés. O desenvolvimento do tema enfermidade-cura na história - Até a Renascença, a medicina era “à beira-do-leito”. A partir daí, o corpo passou a ser dissecado, detalhado. Surgiu, então, a medicina tecnológica. A Revolução Industrial, criando os grandes centros urbanos, propiciou a proliferação do atendimento hospitalar. A medicina deixava de ser “à beira-do-leito” para ser “medicina-de-massa”, despersonalizada, impessoal, coletiva. O paciente deixava de ser uma pessoa que padecia, para ser “um caso”, um órgão doente. Era a medicina organicista que surgia.UMA VISÃO TEOLÓGICA DA ENFERMIDADE E DA CURA
1. Os períodos da história - Alan Pierrat menciona quatro períodos distintos: 1) Período apostólico - Os crentes acreditavam nos milagres e eles aconteciam; 2) O período medieval - Acreditavam nos milagres do passado e divulgavam falsos milagres; 3) O período da Reforma - Acreditavam nos milagres do passado, mas não na contemporaneidade dos milagres; 4) Período contemporâneo - Acreditam nos milagres do passado e divulgam milagres abundantes no presente (doenças funcionais, mas não orgânicas).2. A teologia da Prosperidade - Desde os anos 1980 duas correntes se destacaram: De um lado os defensores da saúde e riqueza, com a teologia da prosperidade e confissão positiva: Paul Yong Cho, Morris Cerullo, Kenneth Hagin, Marilyn Hickey, Benny Hinn são seus mais conhecidos representantes.
O segundo grupo tem sido chamado de Movimento de Sinais e Maravilhas ou Terceira Onda com Jack Deere, Wayne Gredem, John Wimber e Peter Wagner. Hoje, porém, há muitos embustes. Muitos truques. Há muitas declarações de cura que nunca aconteceram. Há um sensacionalismo e holofotes nos chamados operadores de cura.
Há uma forte propaganda de cura e um intenso comércio do sagrado. Principais pontos de vista: 1) “Nós, como cristãos, não precisamos sofrer revezes financeiros, não precisamos ser cativos de pobreza ou da enfermidade” - Hagin; 2) Por que os crentes adoecem? a) Falta de fé; b) desconhecerem seus direitos; c) Não pedem ajuda; d) Pecado não confessado; e) Deixar de expulsar Satanás; 3) É errado procurar um médico, sob quaisquer circunstâncias. Aqueles que apelam para um médico, que são internados em hospitais, demonstram uma falta de fé que desonra a Deus - R. R. Soares.3. Heresias sobre cura divina pregadas pela Teologia da Prosperidade - 1) Porque Deus deseja que os cristãos desfrutem de suas bênçãos, enfermidade mostra que você está fora da vontade de Deus; 2) O pecado é a causa da enfermidade, portanto, você deve resistir a enfermidade, como resiste ao pecado; 3) Desde que Cristo morreu pelas suas enfermidades, como morreu pelos seus pecados, você deve ficar livre de ambos; 4) Se você tem fé o suficiente, você pode ser curado; 5) O que você confessa é o que você possui, então confesse a sua doença e você estará enfermo, confesse a sua cura e você ficará curado; 6) Toda adversidade vem de Satanás, então, a doença como Satanás, devem ser repreendida; 7) Desde que Cristo e os apóstolos curaram em seus dias, os cristãos podem curar de igual forma hoje; 8)Desde que a doença procede de Satanás, nada de bom pode vir da doença; 9) Desde que Deus deseja ver você bem, você jamais deve orar: Seja feita a tua vontade para oração de cura; 10) Desde que o pecado é a causa da enfermidade, então você doente está em pecado; 11) Deus tem curado você, mas o diabo não deixa os sintomas da doença sair.4. O contraste entre os ensinos de Benny Hinn e a Bíblia sobre cura - 1) Hinn não ora: “Seja feita a tua vontade”, Cristo orou “Pai não seja a minha, mas a tua vontade” (Lc 22:42); 2) Hinn afirma que é da vontade de Deus curar sempre, mas a Bíblia diz que alguns santos jamais foram curados; 3) Hinn diz que podemos dar ordens para Deus curar, enquanto a Bíblia nos ensina a pedir; 4) Hinn ensina que o milagre divino da cura é gradual, mas as curas bíblicas aconteceram instantaneamente; 5) Hinn ensina que a fé é essencial para a cura, mas a Bíblia diz que as vezes, a pessoa curada não exercia a fé; 6) Hinn ensina que primeiro precisamos fazer a nossa parte para sermos curados, a Bíblia diz que Deus é soberano; 7) Hinn acredita que um crente não deve ficar doente, mas a Bíblia diz que pode e até vir a morrer; 8) Hinn ensina que o diabo pode roubar a cura divina e não permitir que os sintomas desapareçam. A Bíblia nos fala de curas instantâneas e definitivas.
5. As curas miraculosas eram caracterizadas por marcas distintas - 1) Eram curas imediatas; 2) Eram curas realizadas via de regra em público; 3) Eram curas que aconteciam em lugares ordinários e via de regra sem ocasiões planejadas; 4) Eram curas que incluíam doenças incuráveis pela medicina da época: lepra, cegueira, surdez, paralíticos; 5) Eram curas completas e irreversíveis; 6) Eram curas inegáveis até mesmo pelos céticos.6. Posições extremadas sobre enfermidade e cura - 1) o diabo é o protagonista de todas as enfermidades; 2) Toda enfermidade é consequência de algum pecado não confessado; 3) A expiação inclui tanto o pecado como a enfermidade. Como somos salvos por meio da cruz, devemos ser também curados por meio da cruz; 4) Se a enfermidade é obra de Satanás, devemos rejeitá-la como rejeitamos o pecado. Quem está doente está em pecado; 5) Não devemos orar pela cura, dizendo: “Se for da tua vontade”; 6) É da vontade de Deus curar sempre; 7) A falta de fé e o pecado são a única causa que inibe a cura; 8) Deus não cura mais hoje. Agora ele não é mais O EU SOU, mas O EU ERA (Jesus e Marta); 9) Os dons cessaram.7. A equivocada interpretação de ver a expiação (Isaías 53; 1 Pedro 2:24) pela enfermidade no tempo presente - 1) O nosso corpo é corruptível, ele irá se degenerar até morrermos (Rm 8:23; 1 Co 15:50-54; 2) Cristo morreu pelos nossos pecados (Jo 1:29; 1 Co 15:3); 3) Cristo foi feito pecado e não doença (2 Co 5:21); 4) Cristo perdoou os nossos pecados e não as nossas doenças (1 Jo 2:12); 5) Cristo deu-se a si mesmo pelos nossos pecados e não por nossas doenças (Gl 1:3-4); 6) A Bíblia diz que se uma pessoa é verdadeiramente salva, ela não pode perder a salvação. Se a cura física imediata está incluída na expiação, então, não poderíamos ficar doentes nem morrer.
Mas a Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer; 7) Como verdadeiros crentes somos assegurados da nossa salvação eterna, mas não da nossa saúde física; 8) Se a cura imediata está incluída na expiação e se ela aplica-se ao físico, aqueles que pedem pela fé a cura não são curados devem também ter dúvidas quanto ao perdão de seus pecados e de sua salvação; 9) Se a cura do corpo está incluída na expiação, então, assim como a salvação é eterna, deveríamos ter corpos imortais; 10) Tanto o eunuco como Filipe entenderam que Isaías 53 trata da questão do pecado e não da questão da enfermidade (Atos 8:28,32-33); 11) Tanto Isaías quanto Pedro estão falando da expiação do pecado e não da enfermidade. O texto de Pedro explana 5 elementos da salvação: a) O fato da salvação v. 24a; b) os propósitos da salvação v. 24b; c) os meios da salvação - v. 25a; d) A necessidade da salvação v. 25b; e) O resultado da salvação - v. 15b; 12) Conclusão: A cura está incluída na expiação, mas não para o tempo presente. Só no céu as lágrimas, a dor, e a morte vão passar (Ap 21:4).AS CAUSAS DA ENFERMIDADES
1.O pecado original - Rm 5:12 2.O pecado pessoal não confessado - Tg 5:14-16; Jo 5:14; 1 Co 11:30; Sl 32 e 38 3.Ingerência de Satanás - Jó 1 e 2; Lc 13 4.Desobediência aos mandamentos de Deus - Ex 15:26; Dt 28 - Os mandamentos de Deus na lei (sobre circuncisão, lepra, higiene, gorduras). 5.Inobservância das leis naturais de Deus - higiene, cuidado com o corpo, alimentos, sono, etc 6.Problemas naturais - Catástrofes, acidentes, terremotos, enchentes 7.Epidemias - dengue, etc 8.Vícios e vida desregrada - álcool, fumo, drogas, sexo irresponsável, ansiedade 9.Castigo de Deus - Dt 28 10.Manifestar a glória de Deus - João 9 e 11
OS PROPÓSITOS DA ENFERMIDADE
1. A enfermidade em si mesma é um mal, mas Deus pode transformá-la em bem para cumprir os seus propósitos - João 9 e João 11; 1 Sm 1:5,6; Rm 8:28. Na doença Deus grita conosco (C.S.Lewis).
2. A doença ajuda os homens a lembrarem-se da morte A maioria das pessoas vive como se não fosse morrer. Eles vivem como se a terra fosse o seu lar eterno. Planejam e projetam para o futuro, como o rico insensato como se tivessem uma apólice vitalícia de vida e nunca tivessem que prestar contas. Uma doença grave, às vezes, faz muito para que este engano seja desfeito. “Poe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás”.
3. A doença faz com que os homens pensem seriamente sobre Deus, suas almas e a eternidade
4. A doença ajuda a amolecer o coração dos homens e lhes ensina a sabedoria. O coração natural é duro como a pedra. Ele não nenhuma alegria que não seja desta vida. Uma enfermidade corrige isso. Exemplo: John Rockfeller - O homem de negócios descobre que o dinheiro não satisfaz. A mulher mundana descobre que as roupas caras e os comentários sobre bailes e diversões são péssimos consolados quando se está num quarto de hospital.
5. A doença ajuda-nos a nos equilibrar e a nos humilhar Poucos estão isentos do virus maldito da vaidade e do orgulho. Muitos de nós são como o fariseu: “Não sou como os demais homens”. O leito da enfermidade é um poderoso domador de tais pensamentos. Ela nos impõe a grande verdade de que somos todos pobres vermes e que habitamos em casas de barro, e somos esmagados como a traça (Jó 4:19).
6. A doença ajuda a testar a autenticidade da religião dos homens Muitos credos parecem bons enquanto as águas da saúde são suaves, mas revelam-se absolutamente falsos e inúteis nas ondas cruéis de uma cama de hospital. Somente com Cristo podemos atravessar seguros o vale da sombra da morte.
7. Nem todos são beneficiados pela doença Milhares são prostrados anualmente pela doença e restaurados à saúde e voltam novamente para o pecado. Ano após ano muitos passam da doença para a sepultura sem deixarem seus pecados e sem se voltarem para Deus. Contudo, milhares de pessoas são quebrantadas, arrependem-se, humilham-se, e se voltam para Deus e são salvas.
8. Obrigações especiais impostas pela doença A de viver constantemente preparado para encontrar-se com Deus.A de viver constantemente em prontidão para suportá-la com paciência.A de constante prontidão para ajudar os nossos semelhantes a enfrentarem a doença.A MEDICINA HUMANA E A MEDICINA DE DEUS
1.A medicina de Deus Vemos vários casos de cura miraculosa no Velho Testamento. Chamamos cura miraculosa, porque em última instância toda cura é divina (Sl 103:3). O Senhor curou Sara, Rebeca, Raquel, Ana, Ezequias, Naamã.
Jesus curou muitas pessoas, usando variados métodos: Cristo tocou (Mt 8:15); falou (Jo 5:8-9); usou cuspe (Mt 8:22-26); ungiu com lodo e saliva (Jo 9:6). Os apóstolos foram usados por Deus para curar os enfermos. Pedro curou o paralítico no templo, Paulo curou o coxo em Listra.
Deus cura sem os meios, com os meios, e apesar dos meios, mas, às vezes, Deus resolve não curar. Exemplo: Eliseu (2 Rs 13:14), Timóteo (1 Tm 5:23), Trófimo (2 Tm 4:20), Epafrodito (Fp 2:25-27), Paulo (2 Co 12:7).2.A medicina humana
Deus cura através dos meios. O plano de Deus inclui tanto a medicina humana como a divina. Exemplo: A cura do rei Ezequias. Há lugar para a prevenção e para a cura. Há lugar tanto para a oração da fé quanto para a terapêutica do remédio. Há lugar tanto para o relógio de Acaz quanto para a pasta de figos. Há lugar tanto para a ação sobrenatural de Deus quanto para a ação natural do conhecimento humano. A medicina não age à parte de Deus, mas como instrumento de Deus. Entre a morte e a vida existe uma pedra que precisa ser removida e Jesus manda que os homens a removam!Deus o Trabalho e a Prosperidade
A prosperidade financeira obedece a normas, regras e métodos estabelecidos. Por outro lado, da perspectiva bíblica, a prosperidade é um dom de Deus. É ele quem concede saúde, oportunidades, inteligência, e tudo o mais que é necessário para o sucesso financeiro. E isso, sem distinção de pessoas quanto ao que crêem e quanto ao que contribuem financeiramente para as comunidades às quais pertencem.
Deus faz com que a chuva caia e o sol nasça para todos, justos e injustos, crentes e descrentes, conforme Jesus ensinou (Mateus 5:45). Não é possível, de acordo com a tradição reformada, estabelecer uma relação constante de causa e efeito entre contribuições, pagamento de dízimos e ofertas e mesmo a religiosidade, com a prosperidade financeira.
Várias passagens da Bíblia ensinam os crentes a não terem inveja dos ímpios que prosperam, pois cedo ou tarde haverão de ser punidos por suas impiedades, aqui ou no mundo vindouro. Através dos séculos, as religiões vêm pregando que existe uma relação entre Deus e a prosperidade material das pessoas.
No Antigo Oriente, as religiões consideradas pagãs estabeleceram milênios atrás um sistema de culto às suas divindades que se baseava nos ciclos das estações do ano, na busca do favor dessas divindades mediante sacrifícios de vários tipos e na manifestação da aceitação divina mediante as chuvas e as vitórias nas guerras. A prosperidade da nação e dos indivíduos era vista como favor dos deuses, favor esse que era obtido por meio dos sacrifícios, inclusive humanos, como os oferecidos ao deus Moloque.
No Egito antigo a divindade e poder de Faraó eram mensurados pelas cheias do Nilo. As religiões gregas, da mesma forma, associavam a prosperidade material ao favor dos deuses, embora estes fossem caprichosos e imprevisíveis. As oferendas e sacrifícios lhes eram oferecidas em templos espalhados pelas principais cidades espalhadas pela bacia do Mediterrâneo, onde também haviam templos erigidos ao imperador romano, cultuado como deus.A religião dos judeus no período antes de Cristo, baseada no Antigo Testamento, também incluía essa relação entre a ação divina e a prosperidade de Israel. Tal relação era entendida como um dos termos da aliança entre Deus e Abraão e sua descendência.
Na aliança, Deus prometia, entre outras coisas, abençoar a nação e seus indivíduos com colheitas abundantes, ausência de pragas, chuvas no tempo certo, saúde e vitória contra os inimigos. Essas coisas eram vistas como alguns dos sinais e evidências do favor de Deus e como testes da dependência dele. Todavia, elas eram condicionadas à obediência e só viriam caso Israel andasse nos seus mandamentos, preceitos, leis e estatutos.
Estes incluíam a entrega de sacrifícios de animais e ofertas de vários tipos, a fidelidade exclusiva a Deus como único Deus verdadeiro, uma vida moral de acordo com os padrões revelados e a prática do amor ao próximo. A falha em cumprir com os termos da aliança acarretava a suspensão dessas bênçãos.
Contudo, a inclusão na aliança, o favor de Deus e a concessão das bênçãos não eram vistos como meritórios, mas como favor gracioso de Deus que soberanamente havia escolhido Israel como seu povo especial.O Cristianismo, mesmo se entendendo como a extensão dessa aliança de Deus com Abraão, o pai da fé, deu outro enfoque ao papel da prosperidade na relação com Deus. Para os primeiros cristãos, a evidência do favor de Deus não eram necessariamente as bênçãos materiais, mas a capacidade de crer em Jesus de Nazaré como o Cristo, a mudança do coração e da vida, a certeza de que haviam sido perdoados de seus pecados, o privilégio de participar da Igreja e, acima de tudo, o dom do Espírito Santo, enviado pelo próprio Deus ao coração dos que criam.
A exultação com as realidades espirituais da nova era que raiou com a vinda de Cristo e a esperança apocalíptica do mundo vindouro fizeram recuar para os bastidores o foco na felicidade terrena temporal, trazida pelas riquezas e pela prosperidade, até porque o próprio Jesus era pobre, bem como os seus apóstolos e os primeiros cristãos, constituídos na maior parte de órfãos, viúvas, soldados, diaristas, pequenos comerciantes e lavradores. Havia exceções, mas poucas. Os primeiros cristãos, seguindo o ensino de Jesus, se viam como peregrinos e forasteiros nesse mundo. O foco era nos tesouros do céu.
A Idade Média viu a cristandade passar por uma mudança nesse ponto (e em muitos outros). A pobreza quase virou sacramento, ao se tornar um dos votos dos monges, apesar de Jesus Cristo e os apóstolos terem condenado o apego às riquezas e não as riquezas em si.
Ao mesmo tempo, e de maneira contraditória, a Igreja medieval passou a vender por dinheiro as indulgências, os famosos perdões emitidos pelo papa (como aqueles que fizeram voto de pobreza poderiam comprá-los?). Aquilo que Jesus e os apóstolos disseram que era um favor imerecido de Deus, fruto de sua graça, virou objeto de compra.
Milhares de pessoas compraram as indulgências, pensando garantir para si e para familiares mortos o perdão de Deus para pecados passados, presentes e futuros.
A Reforma protestante, nascida em reação à venda das indulgências, entre outras razões, reafirmou o ensino bíblico de que o homem nada tem e nada pode fazer para obter o favor de Deus. Ele soberana e graciosamente o concede ao pecador arrependido que crê em Jesus Cristo, e nele somente.
A justificação do pecador é pela fé, sem obras de justiça, afirmaram Lutero, Calvino, Zwinglio e todos os demais líderes da Reforma. Diante disso, resgatou-se o conceito de que o favor de Deus não se pode mensurar pelas dádivas terrenas, mas sim pelo dom do Espírito e pela fé salvadora, que eram dados somente aos eleitos de Deus. O trabalho, através do qual vem a prosperidade, passou a ser visto, particularmente nas obras de Calvino, como tendo caráter religioso.
Acabou-se a separação entre o sagrado e o profano que subjaz ao conceito de que Deus abençoa materialmente quem lhe agrada espiritualmente. O calvinismo é, precisamente, a primeira ética cristã que deu ao trabalho um caráter religioso. Mais tarde, esse conceito foi mal compreendido por Max Weber, que traçou sua origem à doutrina da predestinação como entendida pelos puritanos do século XVIII. Weber defendeu que os calvinistas viam a prosperidade como prova da predestinação, de onde extraiu a famosa tese que o calvinismo é o pai do capitalismo.
As conclusões de Weber têm sido habilmente contestadas por estudiosos capazes, que gostariam que Weber tivesse estudado as obras de Calvino e não somente os escritos dos puritanos do séc. XVIII.Atualmente, em nosso país, a idéia de que Deus sempre abençoa materialmente aqueles que lhe agradam vem sendo levada adiante com vigor, não pelos calvinistas e reformados em geral, mas pelas igrejas evangélicas chamadas de neopentecostais, uma segunda geração do movimento pentecostal que chegou ao Brasil na década de 1900.
A mensagem dos pastores, bispos e “apóstolos” desse movimento é que a prosperidade financeira e a saúde são a vontade de Deus para todo aquele que for fiel e dedicado à Igreja e que sacrificar-se para dar dízimos e ofertas. Correspondentemente, os que são infiéis nos dízimos e ofertas são amaldiçoados com quebra financeira, doenças, problemas e tormentos da parte de demônios.
Na tentativa de obter esses dízimos e ofertas, os profetas da prosperidade promovem campanhas de arrecadação alimentadas por versículos bíblicos freqüentemente deslocados de seu contexto histórico e literário, prometendo prosperidade financeira aos dizimistas e ameaçando com os castigos divinos os que pouco ou nada contribuem.
O crescimento vertiginoso de igrejas neopentecostais que pregam a prosperidade só pode ser explicado pela idéia equivocada que o favor de Deus se mede e se compra pelo dinheiro, pelo gosto que os evangélicos no Brasil ainda têm por bispos e apóstolos, pela idéia nunca totalmente erradicada que pastores são mediadores entre Deus e os homens e pelo misticismo supersticioso da alma brasileira no apego a objetos considerados sagrados que podem abençoar as pessoas.
Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas e procurando obter prosperidade material por meio de pagamento de dízimos e ofertas me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro e sua teologia da prosperidade não são, na verdade, filhos da Igreja medieval, uma forma de neo-catolicismo tardio que surge e cresce em nosso país onde até os evangélicos têm alma medieval.VIVENDO POR PRINCÍPIOS BÍBLICOS — Deuteronômio 11:26-32
A nossa vida é regida por princípios que são plantados em nós desde a nossa infância e que formam o nosso caráter. Todas as decisões que tomamos são o resultado dos princípios que nos foram introjetados e que integram o nosso sistema de tomada de decisões, o nosso sistema de valores. É através desses princípios que nós avaliamos, julgamos e tomamos as nossas decisões.
Deus, ao preparar o Seu povo para entrar na terra prometida, ensinou Seus Princípios que postos em prática, isto é, obedecidos e cumpridos, levaria o Seu povo a viver debaixo da Sua bênção. Portanto, convidamos você a viver por princípios bíblicos e assim permanecer debaixo da bênção de Deus.UMA VIDA GUIADA PELOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS PROSPERARÁ
Se ouvirmos atentamente a voz do Senhor nosso Deus e cumprirmos todos os Seus mandamentos, ordenanças e princípios que estão na Sua Palavra, a Bíblia, Ele nos promete fazer prosperar em todas as áreas da nossa vida (Deut 28:1-14). E quando Deus promete, Ele cumpre! A prosperidade de Deus vai além do suprimento das nossas necessidades básicas, pois Ele deseja nos usar para abençoar aqueles que precisam. Esse foi um princípio ensinado por Jesus a todos os Seus discípulos: “Servir ao próximo, amar ao próximo” (Mat 20:25-28). Você deseja prosperar? Então comece sendo próspero em servir e abençoar as pessoas a sua volta! Isso é ser cristão! Você deseja ser um verdadeiro cristão e discípulo de Jesus?UMA VIDA GUIADA PELOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS SERÁ FELIZ
Quando decidimos conduzir a nossa vida e tomar as nossas decisões sempre de acordo com os princípios e ensinamentos de Deus, Ele nos abençoará e nos fará sempre felizes. Na verdade, todos nós queremos ser felizes, mas nem todos são felizes porque decidem errado, escolhem o caminho errado e ao invés de viverem felizes, vivem infelizes, tristes e em constante sofrimento. A maioria dos nossos problemas são resultantes de decisões erradas que tomamos. O Salmista disse que “feliz é aquele que tem o seu prazer na Lei do Senhor e na sua Lei medita dia e noite. Pois será como uma árvore plantada junto às correntes de águas…” (Salmo 1). Você deseja ser feliz? Então comece decidindo entregar a sua vida a Jesus que é fonte inesgotável de felicidade!
UMA VIDA GUIADA PELOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS SERÁ SALVA
O princípio, a base, a fundamentação divina para a salvação é crer em Jesus como Senhor e Salvador (Rom 10:9-13). Absolutamente nada substitui essa condição, esse imutável princípio divino para a salvação: crer em Jesus! Ainda que alguns tenham criado outros caminhos, todos eles não passam de um grande e terrível equívoco que custará muito caro, isto é, uma eternidade sem Deus, pois “Jesus é O Caminho, A Verdade e a Vida e Ninguém chegará a Deus, a não ser por meio de Jesus” (João 14:6). Decida hoje mesmo por Esse Caminho, Esse Princípio e Essa Verdade, abra o seu coração, abra a sua boca e confesse Jesus como seu Senhor e Salvador!
CONCLUSÃO
A igreja precisa de voltar-se para a Palavra e examinar esse momento assunto à luz das Escrituras. Não podemos bandear para o extremos perigoso daqueles que dizem que Deus não cura mais hoje, nem cair na rede enganosa daqueles que fazem promessas mentirosas de que Deus vai curar a todos indistintamente. Ambas as posições não possuem amparo nas Escrituras. Fiquemos com a verdade, ainda que ela não pareça tão popular!
Deus hoje coloca diante de você a Bênção e a Maldição (Deut 11:26). Decida pela bênção e conduza a sua vida e todas as suas decisões sempre dentro dos Princípios Divinos e você será uma pessoa abençoada em todas as áreas da sua vida, você será uma pessoa verdadeiramente feliz! Saiba que tudo começa pela sua decisão de crer em Jesus. Decida agora mesmo por em prática esse princípio bíblico da salvação e creia em Jesus como seu Senhor e Salvador.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados - MS
BIBLIOGRAFIA
www.mibac.com.br
www.ipimoinhovelho.org.br
teologiaegraca.blogspot.com
evangelicosdotcpr.blogspot.com

1 de jan. de 2012

O Surgimento da Teologia da Prosperidade


TEXTO ÁUREO - “Muitos me dirão naquele Dia Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” (Mt 7.22).
VERDADE PRÁTICA - Centrando sua mensagem na saúde física e no acúmulo de bens terrenos, os teólogos da prosperidade menosprezam a salvação em Cristo e os bens celestes.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 7.15-23

INTRODUÇÃO
A Confissão Positiva não é uma denominação ou seita, mas um movimento introduzido sutilmente entre as igrejas pentecostais, enfatizando o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. É conhecida também como «Teologia da Prosperidade”, “Palavra da Fé” ou “Movimento da Fé”. As crenças e práticas desse movimento são aberrações carregadas de perigosas heresias.
HISTÓRICO
1. Sua origem. A Confissão Positiva é uma adaptação, com roupagem cristã, das idéias do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas criam no poder da mente, e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do pecado e da enfermidade. Deles surgiram vários movimentos ocultistas como o Novo Pensamento, as seitas Ciência da Mente e Ciência Cristã, de Mary Baker Eddy. Seus promotores procuram se passar por cristãos evangélicos (v. 15).
2. Principal fundador: Essek W. Kenyon. O movimento surgiu de forma gradual por meio de Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon, aproveitando-se dos conceitos de Mary B. Eddy empenhou-se em pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do poder do pensamento positivo.
Kenyon, que pastoreou várias igrejas e fundaram outras, não era pentecostal. Ele foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a Metafísica do Novo Pensamento. Hoje, é reconhecido como o Pai do movimento Confissão Positiva, tendo exercido forte influência sobre Kenneth Hagin.
3. Principal divulgador: Kenneth Hagin. Nasceu em 1917 com problema de coração e ficou inválido durante 15 anos. Em 1933, converteu-se ao evangelho e, no ano seguinte, o Senhor Jesus o curou. A partir de então, começou a pregar.
Ele recebeu o batismo no Espírito Santo em 1937. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou- os em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.

FONTES DE AUTORIDADE
1. Revelação ou inspiração de seus líderes. Hagin fazia diferença entre as palavras gregas rhêma e logos, pois ambas significam “palavra”. Ainda hoje, os seguidores dessa crença afirmam que logos é a palavra de Deus escrita, a Bíblia; e rhéma, a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer época. Desse modo, o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal e exigir o seu cumprimento.

2. Confissão positiva do crente.
Os adeptos da Confissão Positiva crêem ser a Bíblia a inerrante e inspirada Palavra de Deus, mas não a única, pois admitem que a palavra do crente tenha a mesma autoridade. Para eles, as fontes de autoridade são: a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé.
O crente deve declarar que já tem o que Deus prometeu nos textos bíblicos e, tal confissão, confirmar-se-a. A confissão negativa é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Basta negar a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. É a doutrina de Quimby, da Ciência Cristã e do Movimento Nova Era.
3. A autoridade para a vida do cristão. Atribuir tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. A emoção também caiu com a natureza humana e, por isso, a fé não pode ser fundamentada em experiências (Jr 17.9). As experiências pessoais são marcas importantes na vida dos pentecostais.
Cremos em um Deus que se comunica com os seus filhos por sonhos, visões e profecias (At 2.17,18), mas essas experiências são para a edificação pessoal e não para estabelecer doutrinas. O cristianismo autêntico não deve ir além das Escrituras Sagradas (Is 8.20; 1 Co 4.6). A Bíblia é a única autoridade para a vida do cristão.
RHÉMA E LOGOS
1. Termos sinônimos. O vocábulo rhèma aparece 68 vezes e, logos, 330 no texto grego do Novo Testamento. Como não existem sinônimos perfeitos, exatamente iguais, aqui também não é diferente. O termo rhéma significa “palavra, coisa”; enquanto em logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra, discurso, pregação, relato, etc.”. Mas ambos os termos coincidem-se (Lc 9. 44, 45).
O conceito de rhéma e de logos, inventado por Hagin, não resiste à exegese bíblica. Não é verdade que haja a tal diferença entre as referidas palavras.
2. Termos usados para designar as Escrituras. Ambos os termos são igualmente usados para identificar as Escrituras Sagradas. Encontramos no texto grego do Antigo Testamento (Septuaginta) a expressão rhéma tou theou, “palavra de Deus” em Isaías 40.8.
Nas páginas do Novo Testamento, a mesma passagem é citada pelo apóstolo Pedro (I Pe 1.25).
Mas, encontramos também, logon tou theou, “palavra de Deus”, com o mesmo significado (Mc 7.13).
Esses exemplos provam, por si só, que o conceito de Hagin é falacioso, sem base bíblica.
3. Falácias da Confissão Positiva. O conceito de confissão positiva e negativa é falso; não se confirma na Bíblia ou na prática da vida cristã. Deus é soberano; nós, os seus servos. Jesus ensinou-nos: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra corno no céu” (Mt 6.10). Basta tão-somente esse versículo para reduzir a cinzas a insolência dos promotores da Confissão Positiva. A Bíblia ensina, ainda, que devemos confessar nossas culpas para sermos sarados (Tg 5.16), e isso, não parece ser confissão positiva.
CRENÇAS E PRÁTICAS
1. Teologia. De maneira genérica, os adeptos da Confissão Positiva seguem uma linha ortodoxa no que tange aos pontos cardeais da fé cristã. Não se trata de uma seita, mas de um movimento que permeia as igrejas; daí a diversidade de ensinos entre seus adeptos. Sobre Deus, uns são unicistas; outros deificam o homem. Essa falta de padrão doutrinário existe, sobretudo, a respeito do Senhor Jesus e de sua obra. Os ensinos da Confissão Positiva, por conseguinte, é um desvio das doutrinas bíblicas apesar de sua aparência ortodoxa.
2. Sua marca. As marcas distintivas do movimento são: a prosperidade e a pregação restrita aos pobres e enfermos, oferecendo-lhes riquezas e saúde. No entanto, deixa de lado o essencial: a salvação. A mensagem dos profetas da prosperidade pode fazer sentido nos países ricos onde as oportunidades são mais amplas, mas, nas regiões pobres do planeta, são irrelevantes. Isso é mais uma prova de que se trata de um evangelho humano, contrário à Bíblia, pois o evangelho de Jesus Cristo é para todos os seres humanos em todas as épocas (Mt 28.19, 20; Tt 2.11).
3. A salvação. Em vez de trazer riquezas materiais aos pobres e saúde aos enfermos, o propósito principal da vinda de Jesus ao mundo foi salvar os pecadores (I Trn 1.15), muito embora o seu ministério tenha sido coroado de êxito no campo da cura divina e da libertação (At 10.38).
O que esses pregadores fazem não passa de espetáculo, contrariando o verdadeiro propósito do evangelho. Não foi essa a mensagem pregada pelos apóstolos. Paulo afirma haver se contentado com a abundância e com a escassez (Fp 4.11-13).
A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto: Ap 3.14-22
A teologia da prosperidade traz o ensino diabólico de que o cristão não deve ser pobre, adoecer ou sofrer; em outras palavras o cristão não deverá aceitar estas coisas em sua vida. Segundo esta teologia, o cristão deve ser próspero em todos os sentidos. Quando um crente tem problemas de saúde ou dinheiro é porque alguma coisa está errada em sua vida. Para a teologia da prosperidade, ter dinheiro significa ter fé!
Usam textos como: Sl 37.25; Mt 18.18-19; Lc 17.6; Jo 14. 12-14; Rm 8.31; Fp 4.13.
Citam exemplos de personagens do Antigo Testamento, como por exemplo: Abraão (Gn 24.1) ,Jacó (Gn 30.43), José (quando governador do Egito), o rei Davi, o rei Salomão, Daniel (quando morou no palácio do rei) etc…
Na aula de hoje estudaremos sobre a verdade bíblica quanto à prosperidade financeira, nas aulas seguintes continuaremos a estudar sobre a questão financeira, sobre a saúde e sobre o culto a personalidade respectivamente. Preste bastante atenção neste tema, pois ele faz parte do ensino de muitas seitas evangélicas e é defendido e divulgado através de pregações de homens que se dizem de Deus.
A prosperidade financeira
A teologia da prosperidade afirma que todo cristão deve ganhar bem e jamais passar qualquer tipo de aperto financeiro; afirma ainda que aqueles que não são bem sucedidos financeiramente; estão debaixo de maldição, ou não tem fé; ou ainda não aprenderam que precisam determinar e não aceitar a pobreza. Dizem os pregadores da prosperidade que aqueles que não aceitam esta doutrina, pregam um Evangelho de misérias e vivem derrotados. Até que ponto estas declarações e ensinos são verdadeiros? Vamos passar agora a analisar a questão financeira a luz da Bíblia.
O contraste entre as bênçãos para Israel e as prometidas para a Igreja.
Por qual motivo, quando é mencionado um personagem próspero, este personagem está no Antigo Testamento? Simples:
Deus prometeu bênçãos na Terra para a nação de Israel, mais para a Igreja está reservado o céu (Ef 1.3), coisa muito superior! Abraão, Isaque, Jacó, Daniel, Davi, Salomão, etc… ; todos estes personagens estão no Antigo Testamento e pertenciam à nação de Israel, entretanto, quando olhamos para a Igreja, vemos justamente o oposto. Observe At 3.1-8; I Co 1. 26-31; II Co 6. 4-10.
Pouquíssimos ricos entregam a vida verdadeiramente a Cristo! Na realidade, é raro isto acontecer. Jesus disse que é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha (porta estreita existente nas muralhas que rodeavam as cidades) do que um rico entrar no reino dos céus( Mt 19. 16-30)! Nesta passagem vemos que o coração daquele homem era tão preso aos bens materiais que o impediram de seguir a Jesus. Todo o ensino de Jesus nos Evangelhos deixa bem claro que não devemos nos apegar as coisas desta vida (Mt 6.19- 33; Lc 12. 13-21).
Incentivando a avareza! O amor ao dinheiro é chamado de avareza, aquele que ama ao dinheiro o tem por primeiro em sua vida; seus alvos e objetivos giram sempre em torno de adquirir para si mesmo grande quantidade de bens. Quem ama o dinheiro quer sempre mais, nunca se conforma com o que tem; se ele tem um carro, ele quer um avião; se tiver uma casa, quer uma fazenda e assim vai, sempre querendo mais! Para este não importa se o irmão está necessitado. A avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.15) e a teologia da prosperidade gera homens avarentos! Esta teologia incentiva tanto à prosperidade financeira quanto torna as pessoas escravas do dinheiro. Leia Mt 6.24.
O dinheiro na Bíblia A Palavra de Deus deixa bem claro que o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal! I Tm 6.10(a).
Podemos ver este princípio nitidamente no mundo. Grandes empresas por amor ao dinheiro destroem o meio ambiente, políticos permitem certas coisas em troca do dinheiro, autoridades são corrompidas por amor ao dinheiro, guerras existem devido ao grande desejo por dinheiro. No mundo isso não é de espantar, mais quando vemos este princípio na igreja, isso nos deixa perplexos!
Devido ao amor ao dinheiro no coração de alguns que se dizem irmãos a igreja sofre, irmãos vivem necessitados, a obra de evangelização e missões não é realizada e almas estão deixando de ouvir a Palavra de Deus.
Analisando o texto de ITm 6.3-11, podemos perceber algumas verdades importantes: O Evangelho não deve ser visto como fonte de lucro, como muitos pastores fazem hoje em dia (v.5). Veja ainda o texto de II Pe 2. 1-3 (especialmente o v.3[a] )
O lucro que temos na obra de Deus é espiritual(v.6)!
Para recebermos a recompensa de Deus no futuro, precisamos aprender a nos contentarmos com o presente (v.6-8).
Almejar a riqueza é um grande laço (v.9).
O amor ao dinheiro traz muitos outros pecados consigo(v.10).
O apego ao dinheiro leva ao fracasso espiritual(v.10).
Devemos fugir desta busca pelo sucesso financeiro(v.11), e buscarmos coisa superior ainda mesmo nesta vida, que são a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.
Paulo continua o raciocínio em I Tm 6, orientando a Timóteo que a recompensa dele virá quando Cristo voltar (v.12-16) e logo depois aconselha àqueles que possuem bens, a não confiarem em suas riquezas incertas, mais sim, a guardarem riquezas no céu, estando prontos a praticarem a fé (v.17-19).
O exemplo de Jesus - Andam dizendo por aí que Jesus era muito rico e que entrou em Jerusalém montado em um jumento zero Km. Dizem ainda que por Jesus ser rei, nós somos filhos do rei e, portanto, devemos ter do bom e do melhor.
Primeiramente acho que na Bíblia dos mestres da prosperidade não existe o texto de Zc 9.9, que afirma ser Jesus um rei justo, salvador e humilde. Este foi um dos motivos pelos quais os judeus não o receberam, pois esperavam um messias/rei, forte, com um grande exército armado, envolto de riquezas, aos moldes dos antigos reis de Israel; um rei que os libertasse das mãos dos romanos.
Também quero deixar claro para os ignorantes que o transporte dos ricos eram carruagens e camelos. As pessoas também andavam a cavalo. Os reis eram acompanhados por comitivas e caravanas, à frente deles vinha o arauto e geralmente o rei era acompanhado de uma guarda. Jumento era animal de carga!
Deveriam os mestres da prosperidade, rasgar de suas Bíblias textos como o de Fp 2.5-11 que mostra a humildade de Jesus e o seu amor, que o levou a abdicar de tudo por amor a cada um de nós!
Deveriam ainda eliminar o texto no qual Jesus afirma que o seu reino não é deste mundo ( Jo18.36). Somos filhos do rei! Sim, verdadeiramente somos filhos do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, entretanto, o seu reino não é deste mundo! Um dia reinaremos com ele, mais enquanto isso precisamos participar por um pouco de tempo, das suas aflições!
Laodicéia
Na Bíblia vemos no livro do Apocalipse a carta endereçada a igreja de Laodicéia como símbolo da Igreja que não será arrebatada. Encontramos Laodicéia estampada na cara de certas igrejas e pastores nos dias de hoje; estão enriquecidos e se vangloriam das suas riquezas (Ap 3.17).
TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto: II Pe 3.15-17
Meus amados; nesta aula iremos continuar a análise de alguns textos bíblicos que a teologia da prosperidade costuma usar para justificar as suas mentiras.
Distorcer a Palavra de Deus é a especialidade da teologia da prosperidade, conhecer a Bíblia é a obrigação de todo cristão, defender a Verdade é questão de gratidão e respeito à Palavra de Deus!
Lc 17.6 — Este texto comumente é distorcido pelos supostos mestres da fé para justificar a pretensão de que os crentes podem fazer coisas “tremendas” em nome da fé. Quando não conseguimos sucesso; como, por exemplo, o emprego que determinamos, ou a cura que declaramos, obviamente e por falta de fé, que no caso do infeliz, não teve fé nem do tamanho de um grão de mostarda.
Verdade bíblica: O texto em pauta está em uma passagem que se inicia em Lc 17.3 e vai até o versículo 10. Mais uma vez a teologia da prosperidade tira um texto do contexto. Esta passagem refere-se ao dever do cristão de perdoar.
Jesus estava falando sobre o perdão Lc17.3,4 ; este perdão deveria ser acompanhado de longanimidade. Os discípulos, que tinham o coração endurecido; quando viram que era necessário perdoar várias vezes, disseram: aumenta a nossa fé, ou seja, se é para perdoar tanto, nos dê fé para isso! Lc 17.5 .
O Senhor então responde dizendo que não era necessário fé para perdoar, uma pequena fé faria grandes coisas, conclui ao contar uma parábola (vs 7-9) que o perdão é questão de obediência somente! Lc 17.10 .Quando perdoamos não estamos fazendo nenhuma proeza, mais apenas a nossa obrigação, um cumprimento de ordem!
Jo 14. 12-14 — Afirmam que este versículo diz que podemos fazer coisas maiores do que as que Jesus fez. Por exemplo: Se Jesus ressuscitou um defunto que esteve morto por quatro dias, poderíamos ressuscitar um que já estivesse morto faz um mês! Citam o exemplo de Pedro, o qual a sua sombra curava; afirmam ser este um sinal mais poderoso do que os feitos pelo Senhor! Nisto tudo há um sentido de comparação, disputa e orgulho. É extremamente excitante para o mestre da prosperidade pensar que pode fazer coisas mais poderosas do que Jesus fez!
Obviamente que a passagem não está dizendo isto. Seria impossível querer comparar a operação de Deus na vida de Jesus com a de qualquer homem; Jesus acalmou a tempestade e o mar, andou por sobre as águas, multiplicou os pães, deu vista aos cegos, ressuscitou os mortos e deu a sua própria vida para depois ressurgir dentre os mortos!
Mais maravilhoso ainda foram as suas palavras, entretanto, a sua obra mais importante foi a nossa redenção, coisa que homem algum poderia fazer ou jamais fará igual! Devemos considerar ainda que qualquer apóstolo do passado ou cristão de hoje, quando realizada um milagre, este milagre foi realizado em nome de Jesus! Quando a sombra de Pedro curava, na verdade não era a sua sombra e sim o poder de Deus em sua vida. Em todo milagre Jesus continua fazendo a sua obra! (At 3.12-16)
Significado do texto: Quando Jesus disse que faríamos obras maiores isso tem um sentido bastante profundo, vejamos:
1)No versículo 6, Jesus afirma ser o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vai ao Pai se não for por intermédio dele. Segue-se o ensino de que aquele que conhece a Jesus conhece o Pai; Felipe pediu para que Jesus mostrasse o Pai e o Senhor respondeu que ele e o Pai são um e que se ele não estava vendo isto; ao menos ele deveria reconhecer as obras que ele fazia como sendo as mesmas do Pai (vs 7-11). Aquele que nele cresse faria a mesma coisa, ou seja, através de todas as nossas atitudes revelaríamos o nosso Pai! Assim como as obras de Jesus revelavam que verdadeiramente ele era o Filho de Deus, as nossas obras mostram que somos filhos de Deus também, embora por adoção, através do novo nascimento.
Não somente isto; faríamos obras maiores ainda em nome de Jesus, se crêssemos nele, ou seja, o mesmo Espírito Santo seria derramado em nossos corações e o que pedíssemos seria feito em nome de Jesus, provando mais uma vez que ele é o unigênito do Pai e que a sua obra redentora foi eficiente. Quando pedimos algo em nome de Jesus, Cristo é glorificado e, logicamente, o Pai também! (vs 12,14)
Não podemos esquecer que estas obras são feitas em nome de Jesus, caso o contrário, não seriam feitas obras que glorificassem a Deus. Jesus continua a realizar a vontade do Pai através da nossa vida, e quem nos capacita para isso é o Espírito Santo derramado em nossos corações. Mostramos a nossa fé através das nossas ações! Este princípio é visto no livro de Tiago (Tg 2.14-26).
2) “e outras maiores fará”, ou seja, a obra de Cristo era maravilhosa e se tornaria mais maravilhosa ainda quando manifesta em nossa vida. Cristo continuaria a agir através de nós. Continua a ser Cristo quem faz!
3) Observe o motivo: Porque ele iria para o Pai! Isto implica: Sua intercessão como sumo sacerdote; a conclusão da redenção; o derramar do Consolador em nossos corações!(Jo 16.7). Faríamos grandes obras porque o Espírito Santo habitaria em nosso coração! O mesmo Espírito que operou plenamente em Cristo!
4)Fazer as mesmas obras em qualidade. Veja o contexto: Jesus faz as mesmas obras do Pai e isto mostra que ele é o seu Filho!(Jo 14.10,11); da mesma forma, a obra de Jesus é manifesta em nossa vida, provando que Cristo está em nosso coração! Tudo o que Cristo realizou, deve continuar a ser feito através de cada cristão!
5)O Pai era glorificado em tudo quanto o Filho fazia; o filho é glorificado em tudo o que nós fazemos e, por conseguinte, o Pai é glorificado no Filho novamente (Jo 14.13,14).
A obra de Deus ampliou-se em nós! O mesmo Deus continua operando em nome do seu Filho Jesus Cristo! A obra de Jesus não era fazer milagres, mais sim fazer a vontade do seu Pai. Os milagres mostravam a sua autoridade. Todo o contexto de ações na vida de Cristo visava revelar o seu Pai. Seus ensinos, milagres, morte, ressurreição, redenção, etc…Tudo glorificava ao Pai.
Tudo o que Jesus fez é obra, ou somente os milagres? Do mesmo modo a obra de Deus em nós, não são apenas milagres, mais a pregação do Evangelho, ensino, sofrimento e até mesmo a morte. Todo este conjunto deve mostra a presença de Deus em nossa vida! Obras grandiosas de Cristo em nossa vida!
6)Maiores em vista da nossa limitação: Jesus santo fez maravilhas; nós, homens pecadores, também fazemos, provando que ele nos transformou e está conosco!
Jesus obedeceu ao Pai, e nós, através do Espírito Santo, também obedecemos!
7)Maiores em extensão, pois cada cristão verdadeiro em todo mundo, glorifica a Cristo através da sua vida.
Rm 8.31 — Neste versículo, a teologia da prosperidade apóia a afirmação de que nenhuma adversidade poderá vir sobre a nossa vida, quando na verdade o texto informa que passaremos provas e que Deus nos dará graça para vencer a todas! Veja o v. 28, por exemplo, e os vs. 29,30 que falam da garantia da salvação.
Se Deus nos deu esta garantia, o que então poderá interromper a nossa trajetória? As lutas não poderão roubar a nossa salvação! (Rm 8. 31-39)
Fp 4.13 — Este é um dos prediletos da teologia da prosperidade. Em uma manobra bastante astuta, retiram este texto do seu contexto e afirmam: Você pode tudo! Você pode sair da miséria, ter um carrão do ano, ser um empresário bem sucedido; basta crê nesta Palavra de Fp 4.13!
A Verdade: Este texto diz exatamente o contrário: Paulo começa falando das dificuldades que passara e da ajuda vinda dos irmãos de Filipos (vs.10 e 11). Paulo continua dizendo que ficou feliz com a ajuda, mais que se esta ajuda não tivesse vindo, ele poderia perfeitamente sobreviver. Ter ou não dinheiro não significava nada para ele, pois Deus estava consigo lhe dando força para vencer todas as situações. (Fp 12-14). Nenhuma situação poderia abalar o apóstolo dos gentios!
Irmãos; dentro ainda da teologia da prosperidade, existe a afirmativa que o crente não pode ficar doente. É justamente sobre as enfermidades que nós iremos nos deter na aula de hoje. Iremos aprender sobre a origem das doenças e o porquê do crente também ficar doente.
A origem das doenças
Toda boa dádiva vem de Deus e todo mal não pode proceder dele (Tg 1.16,17; 3.11,12). Partindo destas verdades, concluímos que a doença não vem de Deus.
Quando o Senhor criou o homem, ele o fez para que não morresse e não adoecesse. O homem foi criado perfeito, porém o pecado trouxe a morte e todo tipo de problema não somente sobre o homem, mais também sobre toda a natureza (Gn 3.16-19 ; Rm 3.23; 5.12; 6.23; 8.19-23). Com a queda do homem houve um grande desequilíbrio na Terra.
Podemos resumir afirmando:
Assim como trouxe a morte, o pecado trouxe todos os tipos de doenças!
Por que o cristão fica doente?
1)Anteriormente afirmamos que a origem das doenças é o pecado.
Não estamos afirmando com isso, que todos os doentes estão em pecado, mais afirmamos que a origem das doenças no mundo é o pecado! Como estamos ainda no mundo, estamos sujeitos a ficarmos doentes.
Eis aí o primeiro motivo pelo qual estamos sujeitos a ficar doente: Ainda não fomos glorificados (embora já tenhamos a plena garantia que isto ocorrerá). Temos domínio sobre o pecado, fomos redimidos e ganhamos a vida eterna. Temos a garantia de que seremos transformados; entretanto, algumas bênçãos já conquistadas serão concretizadas com a vinda de Jesus, logo, não vivemos na prática do pecado, pois temos domínio sobre ele, mais ainda pecamos; temos a vida eterna, mais ainda morremos biologicamente; ganhamos um corpo glorioso, mais ainda estamos neste! ( I Co 15. 50-55)
Do mesmo modo que este corpo ainda é sujeito a pecar, ele é sujeito a ficar doente! Assim como o sol nasce para todos e a chuva cai para ímpios e para crentes(Mt 5. 45) , assim como existem crentes morando onde há guerras, assim como em uma cidade atingida por um furacão moram cristãos e não cristãos, do mesmo modo quando há um surto de gripe, o crente também fica gripado!
Obs: O furacão pode passar, mais a vida do crente está nas mãos do Senhor! A diferença sempre estará no fato de que Deus está conosco sempre! Podemos até entrar na fornalha, mais Deus entrará conosco! ( Is 43.1,2)
Nem sempre uma pessoa quando fica doente é porque não tem fé, mais certamente poderá mostrar a sua fé no momento da enfermidade!
Como podem, os pregadores da prosperidade, afirmarem que os crentes não ficam doentes? Como podem, soberbamente, afirmarem que não adoecem? Por acaso gripe não é doença? Dor de barriga é normal? E o que dizer daquelas dores de cabeça que quase todo ser humano já teve ao menos uma vez? E a velhice? Por acaso todos não envelhecem? Velhice é o colapso das estruturas do corpo! Deus não criou o homem para ficar velho, mais o pecado trouxe, dentre muitos problemas, a velhice!
2) Além do citado anteriormente, o crente também pode ficar doente quando é provado. Embora a doença não venha de Deus, o Senhor poderá permitir quando houver algum propósito.
3) Existem doenças que são conseqüências dos nossos próprios pecados. Veja bem: Podemos adoecer devido ao pecado da raça humana, mais nem sempre uma doença será por causa de pecados que cometemos! Existem enfermidades que procedem do pecado. Ex: Um cristão que cai no pecado sexual e contrai uma doença; uma pessoa que fumou durante 50 anos de sua vida e depois se entrega a Jesus, neste caso ela pode ter uma doença devido aos longos anos que passou fumando.
4) Existe a doença espiritual. O cristão quando peca, fica doente espiritualmente ( I Co 11. 29,30).
5) As enfermidades da alma e do espírito, não podem atingir os salvos. Ex: Certos tipos de depressão. O crente deprimido precisa de concerto!
A possessão demoníaca não tem lugar no cristão!
6) Obras de feitiçaria não tem poder sobre a vida do salvo
CONCLUSÃO
Devemos combater os abusos e aberrações doutrinárias desses pregadores. Tomemos cuidado, porém, para não sermos levados ao ceticismo e ao indiferentismo religioso. Religião sem o sobrenatural é mera filosofia. Temos promessas de Deus. Aliás, a história, desde os tempos bíblicos, registra inúmeros testemunhos sobre sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20). Mas os tais pregadores, a começar pela origem de sua teologia, estão fora do padrão bíblico.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
www.igrejasementedavida.com.br
Lições bíblicas CPAD 2006