29 de mai. de 2011

Jesus, o Verbo de Deus

Jesus, O Verbo de Deus

TEXTO AÚREO E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1.14.
LEITURA BASE No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava à vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade João 1.1-10,14.
INTRODUÇÃO Quando o Evangelista João escreveu, várias heresias a respeito de Jesus tinham surgido. A heresia que mais ameaçava a Igreja era o gnosticismo, que negava a encarnação de Deus em Jesus. João mostra que Jesus é ao mesmo tempo, Deus e homem. João considera Jesus nada menos que o Filho de Deus, mas nem por isso Jesus deixa de ser verdadeiramente homem. A humanidade de Jesus é tão evidente como Sua divindade no Evangelho segundo escreveu o apóstolo do amor. Paulo resume, a encarnação do Verbo Divino como “mistério da piedade”. Evidentemente, grande é o mistério da piedade: aquele que foi manifestado na carne foi justificado no espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido glória. I Timóteo 3.16 I. O SIGNIFICADO DO TERMO VERBO 1. A revelação gloriosa.A teologia cristã afirma que Jesus Cristo é o Deus completo, porque toda a plenitude da divindade habita Nele corporalmente. Colossenses 2.9, mas é também um homem completo, e por ser homem completo é composto de Corpo, alma e espírito. João 19.42; Mateus 26.38; Mateus 27.50. A sua natureza divina não foi criada, sempre existiu, mas a natureza humana teve sua origem na obra do Espírito Santo. O propósito da revelação gloriosa da encarnação do Filho de Deus encontra explicação de que Jesus Cristo, por ser homem completo, entende a nossa natureza, por isso é misericordioso. Hebreus. 2.17; 5.1,2.
A encarnação do Verbo Divino teve o propósito de revelar Deus aos homens. João 1.18; Prover um exemplo de vida. I Pedro 2.21; prover um sacrifício pelo pecado. Hebreus 10.1-10; Destruir as obra do Diabo. I João 3.8, e ser sobremaneira exaltado. Filipenses 2.9.
É importante destacar que Apolinário Bispo de Laudicéia, apresentou a tese: enquanto o Filho tinha alma e corpo humano, o Logos divino substituiu Seu espírito humano, e foi o Logos que realmente determinou a pessoa de Cristo. Isto comprometeu a humanidade de Cristo. Nestório, Patriarca de Constantinopla: disse que não é possível unir o homem com Deus, e que Jesus Cristo constituiu-se de duas pessoas distintas, alguns atos de Cristo, foram do Verbo, e outros do homem Jesus, Portanto, Nestório separou as duas naturezas. Cirilo, patriarca de Alexandria, para ele a natureza humana foi como uma vestimenta com a qual o Filho se vestiu, assim como Apolinário, destacou a divindade de Cristo. Eutiques, Abade de Constantinopla, afirmou que a única natureza de Cristo é a divina. O quarto Concílio Ecumênico de Calcedônia definiu: Cristo é uma pessoa com duas naturezas completa, e tornou-se a doutrina ortodoxa até nossos dias. 2. O verbo divino. O prólogo do Evangelho segundo João faz nos recordar gênesis 1.1; Jesus é chamado Deus, Criador. João declara que Jesus era uma pessoa existente desde a eternidade. Provérbios 8.22-31; Salmos 33.6. Este texto sagrado tem sido interpretado como Cristo, personificado na sabedoria. Ele mesmo falou dessa glória que tivera com o Pai antes de existir o mundo. João 17.5. A expressão verbo, dado a Jesus, é ser Ele a expressão pessoal de Deus para a humanidade.
“No princípio”, portanto, quando o universo foi criado, o Verbo divino que o trouxe à existência já estava ali. E as palavras que seguem mostram o que João atribui ao Verbo tem a ver com existência real; a relação que o Verbo tem com Deus é de pessoa para pessoa: ”O Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”.
O termo Logos, passou ao Antigo Testamento através da tradução dos Setenta e aparece cerca de 80 vezes no Novo Testamento. No entanto, a utilização mais profunda é a que faz João, referindo-se a Jesus Cristo. Antes da Encarnação, como Pessoa divina igual ao Pai em poder e glória. Hebreus 1.3; Mateus 28.18. Ao encarnar, Jesus Cristo como que traduziu em Palavra humana viva o próprio Deus, de Quem é plena expressão.II. AS AFIRMAÇÕES DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1. 1. No principio era o Verbo. Antes mesmo de o tempo existir, Jesus Cristo já existia ao lado de Deus. No Antigo Testamento temos a chamadas paráfrases aramaicas, onde aparece a Palavra como uma designação de Deus. Para a filosofia grega o termo Logos expressava as idéias de raciocínio e controle criativo. A idéia principal do conceito logos é revelação. O termo aqui é aplicado a Jesus, que é tudo que Deus é e sua Plena expressão entre os homens, e Jesus aparece com Deus, isto em comunhão, mas distinto Dele e como Deus idêntico em essência. Hebreus 1.8; Mateus 16.16; João 1. 48; Colossenses 1.17; Filipenses 2.10. 2. E o Verbo estava com Deus. O Verbo de Deus é distinto de Deus em si, mas tem uma relação pessoal muito intima com Ele; mais ainda, Ele participa da própria natureza de Deus porque o Verbo era Deus. Deus é o criador, seu verbo é o agente. Podemos dizer que Jesus é o Criador: veja também Colossenses 1.16-20; Hebreus 1.1-3; I Coríntios 8.6. Jesus é preexistente. Jesus não teve início no ventre de Maria. Ele já existia. Filipenses 2.6 -11.
A despeito de muitos que não crêem, nós cremos no que foi revelado na Bíblia, que há um só Deus, que subsiste em três pessoas distintas. Isaias 44.6; Mateus 28.19; João 16.29; 14.16; 10.30. Devido o seu “esvaziamento”, Filipenses 2.7, Jesus dependia do Espírito Santo em todas as suas obras durante seu ministério terreno. Mateus 3.16, mas Ele é Igual ao Pai e o Espírito Santo em poder e glória. Mateus 11.25-27; II Coríntios 3.16,17; 13.13; Efésios 4.4-6.
Como cristãos cremos na doutrina da Trindade Divina. Embora não entendamos completamente, porque Deus é tão sublime e elevado que nossas mentes não podem compreender Sua grandeza, todavia, cremos nas verdades reveladas a nós. Deuteronômio 29.29. 3. E o Verbo era Deus. Jesus como verbo: No Grego logos preexistente-anterior à Criação do homem, intimamente ligado Deus no seio do Pai, não que Jesus seja idêntico Deus-Pai, mas no mesmo caráter, essência, qualidade e ser de Deus. Jesus é perfeitamente o mesmo que Deus em mente, coração e essência.
O mundo foi feito por intermédio da Palavra. Gênesis 1.3. A Palavra se fez “carne” e habitou entre nós: Jesus é a Palavra que veio como homem e habitou entre nós. Esta foi a maior manifestação de Deus aos homens, Jesus Cristo, homem é o testemunho de Deus, o Todo Poderoso. Foi o maior meio de comunicação entre Deus e o homem,quando o Ele mesmo veio na Terra, ,como homem, para nos redimir e salvar. Os judeus rejeitaram Àquele que fez os céus e a Terra e não sabiam. Ele não veio morrer como Deus, Ele se fez carne, morreu como homem. Jesus é o Emanuel que traduzido significa Deus conosco.
Jesus como encarnação do verbo é a palavra de Deus, expressando seu poder, inteligência e vontade, imagem revelada de Deus. Jesus é a revelação da Pessoa de Deus. Isaias 61.1-2; Hebreus 1.1-4; João 1.18; Colossenses 1.15; João 14.9; Mas em essência é Deus, provado pelos seus nomes divinos, Hebreus 1.8; Mateus 22.43-45; Judas 1.4, pelas suas características. Mateus 18.20, por suas obras. Lucas 7.48; pela adoração que lhe é devida. Hebreus 1.6; Mateus 14.33; Filipenses. 2.9. O verdadeiro Deus e a vida eterna. I João 5.20; Apocalipse 1. 8.
Jesus como a palavra de Deus: Lucas 4.32; 4.36; João. 2.22; 5.24; 8.31; 8.51; 12.48;
14.23-24; 15:3; Atos. 10.36; I Coríntios. 1.18; II Coríntios. 2.17; 5.19; Efésios. 1.13; Filipenses. 2.16; Colossenses. 3.16; I Timóteo. 1.15; I João 5.7; Apocalipse. 19.13; 3.8; 3.10; 6.9; 12.11; 19.13; 20.4.
O Nome Jesus destaca a sua natureza humana, mas ensina que Ele salvaria Seu povo dos pecados deles. Mateus 1.21-23; Atos 4.12. João 14:6III. QUALIDADES DIVINAS DO VERBO. 1.Criador. Jesus Cristo é Criador. Hebreus 1.2; Colossenses 1.16. No princípio Jesus não estava como criador ao lado de Deus. Isaías 44.6; Isaias 45.14, 45.18-22. No princípio Jesus, A Palavra estava em Deus e era o próprio Deus. Logo, no princípio havia Deus, e Jesus estava nele, era sua Palavra. Portanto, Deus criou todas as coisas por intermédio de Jesus, ou seja, de sua Palavra: João 1.3; Hebreus 11.3. E o Salmista nos demonstra tal fato de maneira clara ao colocar: “Os céus por sua Palavra se fizeram, e pelo sopro de sua boca o exército deles… Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele Ordenou e tudo passou a existir”. Salmos 33.6-9; Pedro 3.5; Salmos 148.5. Colossenses 1.15; Apocalipse 3.14. Imaginemos o princípio, ou seja, somente Deus e mais nada, como descreve João em 1:1 “No princípio era a Palavra e a Palavra estava em Deus, e a Palavra era Deus” Quando disse Deus, “Haja Luz”, para que essa viesse à existência, a Palavra precisou ser dita (criada / falada) primeiramente. Logo, a Palavra veio primeiro que a Luz, veio primeiro que qualquer outra criação de Deus. Logo, a Palavra/Jesus é o primogênito de toda criação, pois para que a primeira criação viesse à existência a palavra precisou ser falada primeiramente quem é maior Deus ou Jesus? Deus, pois Ele saiu do Pai. Logo, as palavras de Jesus não demonstram nenhuma incoerência, de fato, Deus é maior que o Filho. “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo o homem e o homem o cabeça da mulher, e Deus o Cabeça de Cristo” I Coríntios 11.3.
No princípio conforme ensina as escrituras, a Palavra estava em Deus e era o próprio Deus. Mas a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Veio ao mundo para fazer a vontade daquele que o enviou e retornou para o Pai: “Assim será a Palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designasse” Isaías 55.11. E de fato, Jesus Cristo, a Palavra de Deus, veio ao mundo, cumpriu a vontade do Pai e não retornou para Ele vazio, pois através de seu sacrifício muitos foram e ainda serão feitos Filhos de Deus. Jesus ao retornar ao céu vitorioso, retorna para a Direita de Deus: “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” Efésios 1.20; Atos 7.55; Colossenses 3.1; Hebreus 10.12. 2.Nele estava a vida. O verbo divino transmite vida. É através da ação da Palavra no coração, que o homem morto espiritualmente através da Queda em Adão, pode receber de novo a vida de Deus, Efésios 2.5. Cristo é a Palavra (o Logos), que se manifestou para trazer a vida, João 1.1-4. O alimento é essencial para alimentar nossa vida física. Quem não se alimenta, certamente morrerá! Jesus declara ao Diabo que o homem, além de se alimentar de pão, precisa também alimentar-se da palavra que sai da boca de Deus. Ao lermos e meditarmos na Palavra, estamos nos alimentando espiritualmente, Jeremias 15.16, Mateus 13.23, Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta, a “semente”, na presente parábola é uma figura da Palavra de Deus.
Quem ouve a minha palavra tem a vida eterna. João 5.24. Sem Cristo todos nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas ao recebermos a Palavra de Deus nossa situação é invertida, ou seja, de mortos, nos tornamos vivos! João 6.63; João 8.51; Hebreus 4.12; Tiago 1.18; I Pedro 1.23. 3.A luz verdadeira. Jesus Cristo é a luz do mundo, Luz é o atributo do Filho de Deus. João ouviu Jesus dizer isto muitas vezes. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. João 1.9. Quem me segue não andará em trevas, disse Jesus - terá a luz da vida João 8.12; 9.5; 12.46. É um de seus pensamentos predominantes acerca de Jesus. I João 1.5-7. Nós, cristãos, somos filhos da luz Efésios 5.8. Uma das idéias da palavra luz, aplicada a Jesus Cristo, é ser Ele quem aclara o sentindo e o destino da existência humana, cuja luz irradiada a todo o mundo pelos seus discípulos. João 3.19-20; João 1.5; Isaías 60.1-2.
Jesus Cristo é a fonte de luz. A Vida (Cristo) era a luz dos homens. Desde o princípio, Deus queria que o homem O conhecesse em um nível íntimo e pessoal na experiência da vida. O conhecimento de Jesus Cristo é a Luz dos homens. CONCLUSÃO O Evangelista João identifica Jesus como o Verbo pré-encarnado, a Palavra em ação. João deixa claro que Jesus é um com Deus, e ao mesmo tempo o distingue de Deus.. Afirma que todas as coisa foram feitas por meio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez. A Bíblia também afirma que no princípio todas as coisas foram criadas por Deus, e assim João estabelece uma identificação entre Jesus e o Deus Criador. Afirma também que esse Verbo divino se fez carne, e que somente Ele revela plenamente a Deus. É um grande testemunho a respeito da divindade do Filho.
Há dois mil anos atrás, Jesus Cristo entrou no cenário da história. Ele nasceu no mundo e cresceu até alcançar a maturidade, exatamente igual a todos os seres humanos, mas Ele era diferente de qualquer outra pessoa. Ele era o próprio Deus vindo a terra em forma humana. Lucas disse textualmente. Ele era o Filho de Deus. Pastor Alcione Alves do Nascimento